décadas de fotografias suas fazem parte do álbum comemorativo do centenário do seu nascimento que se comemora a 29 de Janeiro.
A sua editora, as Edições Cosmos, não quis passar esta data sem lhe prestar esta justa homenagem.
2022 é o ano Maria Manuel Cid, em honra da nossa poetisa, num
merecido reconhecimento cultural.
Conheço os valores que inspiraram a autora deste livro agora levado à estampa, o seu povo e as suas gentes do também seu Ribatejo, o amor que depositou fielmente para todo o sempre em palavras escritas, ora em poesia, ora em contos e também em peças de teatro levadas à cena nas
coletividades da sua terra que tanto amava, a sua Chamusca.
Este álbum surge para agraciar o mérito humanístico de Maria Manuel Frederico de Seixas de Sousa Cid Guimarães Neves e Castro, que vincou de forma muito positiva a cultura Chamusquense, e cuja qualidade da sua obra literária alcançou os palcos nacionais.
Cantada por mil vozes eternizou-se para sempre, dando a sua humanidade às gerações vindouras. Os seus poemas são um triunfo da poesia e do sentir. São a voz do coração.
Os seus olhos eram firmes no olhar e ao mesmo tempo serenos perante o esvoaçar das alegrias e tristezas. As suas mãos diziam o que o seu silêncio vivia ou observavam em palavras que por vezes sem conta, escondiam outras palavras sentidas. Todas elas, acariciava com amor e delicadeza como se as quisesse perpetuar impedindo o seu esquecimento.
Retenho em mim os seus ensinamentos..., os longos serões que passei com a poetisa, para que eu compreendesse o seu sentir nas palavras tintadas em papel, fizeram de mim um editor nos idos anos de 1989 e 1990.
Franqueadas que foram as suas portas, para esta aprendizagem, bebi o seu conhecimento de quem chamava à Chamusca a sua amada terra "Minha terra...minha gente". Cada poema, cada quadra, cada soneto, era uma estória de vida vivida, vida sonhada, ou vida desejada. Prisma único, a felicidade humana.
Maria Manuel Cid, a poetisa, era e será sempre para mim a Dona Mimela. Afável conhecedora da vida e das pessoas, deu-me muitas outras visões do mundo que eu tinha cristalizado nessa altura. Agradecer-lhe, será sempre pouco.
Hoje ao editar este seu álbum 100 anos – 100 poemas, sinto o passar do tempo, mas a memória viva.
Obrigado Dona Mimela!