Lançamento
Quarta-feira 17 de Junho às 18,30 horas
Clicar para ampliar
sábado, 30 de maio de 2009
Lançamento "Vila de Rei com Val de Cavalos" - a charneca
Os romanos construíam as cidades e demais lugares de habitação levando sempre em linha de conta uma coisa que se designa por “espírito do lugar”. Isto é: perscrutavam antecipadamente as coordenadas dos ventos e a natureza dos sítios que eram escolhidos criteriosamente. Pode-se dizer que eles construíam com sentido de permanência. Daí terem resistido até hoje tantos caminhos (vias) e serem ainda tão admiráveis as ruínas que existem dos grandes edifícios que eles legaram à posteridade, assim como sítios urbanos (civitas) e rurais (villae). Mais tarde, recuperaram-se essas lições de bem construir para o futuro e para a comodidade e bem-estar dos povos, com o relançamento dos sistemas urbanísticos e infra-estruturas clássicas. Já durante a idade média, por outras razões, a construção privilegiou a vizinhança das vias de comunicação, ou seja, os nossos mais directos antepassados construíam perto dos caminhos e dos rios.
Tendo isso em consideração, verifica-se também que os novos aldeamentos depois da reconquista lançaram os seus alicerces na proximidade das ruínas dos antigos lugares romanos. Tomemos como exemplo Conímbriga, Coimbra e Condeixa. Depois de abandonada Conímbriga vieram erguer-se dum lado e do outro dos seus pontos cardeais a famosa Coimbra e Condeixa disputando-se estas, entre si, a primazia, sobre a antiga povoação romana ou seja: qual delas seria a mais directa herdeira daquele passado glorioso.
É interessante descobrir – depois de o ter investigado – que tudo o que fica dito se encaixa naquilo que pretendi transmitir neste livro. No nosso pequeno caso, que serve de tema ao livro que aqui se apresenta, acha-se, na base, uma situação semelhante, sob este ponto de vista. Sustento nele a tese da diferença entre Trava e Vale de Cavalos, ao mesmo tempo que pretendo deixar, sem fingidas pretensões, a pista para aquilo que não representa qualquer dúvida, para mim, que é a antiguidade romana de Vila de Rei. Tanto Vila de Rei como Trava foram sítios de ocupação romana – qualquer que tenha sido o período em que ela aconteceu – enquanto posso assegurar, sem margem de erro, que Vale de Cavalos nasceu entre as duas sem coincidir, em absoluto, com nenhuma delas.
A reunião que se veio a constituir em Vale de Cavalos, com o passar do tempo, enquanto pólo aglutinador de ambas as designações, acarretando consigo os territórios que lhes são afins, só se veio a verificar por influência eclesiástica, desde que se erigiu nela a igreja paroquial, como sítio de convergência dos “fregueses”, designação popular e antiga para o que chamamos paroquianos. Por outro lado, aproveitando esta realidade, a reforma liberal impôs uma nova rede administrativa ao país que, na maior parte dos casos e depois de muitas discussões, assentou sobre as divisões criadas pelas dioceses naqueles tempos recuados. Foi assim que Vale de Cavalos se ergueu como cabeça de freguesia, congregando nela, tanto os casais da charneca como as quintas ou casais do campo, este sim, chamado da Trava.
Aproveito para dizer que também o campo da Trava foi alvo de criteriosa pesquisa documental e com grande expectativa aguardo que um dia venha a público para completar o que fica escrito em Vila de Rei com Val de Cavalos.
Posto isto, deixo aos leitores interessados as pistas documentais, sugerindo aos que queiram prosseguir com a investigação no futuro – sobretudo arqueológica – que as leiam e as comentem, pretendendo tão-somente favorecer, com isso, o melhor e mais vasto conhecimento e divulgação do património de riba Tejo.
Não quero também deixar de, em breves palavras, homenagear o nome de Pero Esteves do Cazal, um dos primeiros senhores destes domínios que chegou ao nosso conhecimento através da documentação – embora, não, certamente, o primeiro – para com ele celebrar a memória de um homem empreendedor que desbravou as matas e fez a terra produzir os seus frutos, numa época de grande fomento económico e não menos também de cultura e bem-estar social, como assinaladamente garantem, os nossos historiadores. Estou a referir-me aos reinados de D. Afonso III e de D. Dinis, sem esquecer períodos intercalares nos reinados de D. Afonso IV a D. Fernando. Demonstro também que a terra conheceu a reocupação pós-reconquista certamente com o grande rei D. Sancho I e, desse tempo, seriam os primeiros donos cristãos, efectivos, desta terra. As dificuldades que se seguiram nos anos posteriores teriam causado alguma insegurança e provocado a descontinuidade da ocupação. Garantidamente, desde os últimos decénios do século XIII em diante, renasceram estas terras e nasceu a povoação de Vale de Cavalos.
Igualmente, estou convencida pelo que me foi possível averiguar, que Vila de Rei acompanhou desde o seu nascimento, em termos ocupacionais, a Chamusca e Ulme, muito embora quer uma quer outra tenham evoluído, pelas razões que se contam no livro, em sentido mais grandioso, enquanto sedes de poder. Ficamos no percurso a conhecer os nomes daqueles que aqui estabeleceram a senhoria, rivalizando na importância e condição com os dos referidos lugares vizinhos.
- Que importância é que tem isso? Dirá alguém. Pouca ou nenhuma, provavelmente, no entender de alguns. Aceito que se pense assim, visto que para reconhecer o valor do que quer que seja, em primeiro lugar, é preciso tempo para amar o objecto do nosso interesse. Mas também sei que ninguém pode amar o que não conhece. Por isso, seguindo exemplos raros, dispus-me a pesquisar para conhecer e amar melhor esta terra onde nasci e nasceram muitos dos meus antepassados – e dos de muitos dos presentes, se não de todos.
Sem conhecer não é possível amar. E permitam-me que lembre Dante, o grande poeta, precursor de uma nova idade na arte da escrita. Teria Dante escrito a sua “Divina Comédia” se não tivesse conhecido Beatriz?
Adquiridas, felizmente, algumas garantias capitais à boa convivência social é preciso avançar – julgo eu – para o conhecimento mais profundo das coisas da nossa terra (refiro-me ao concelho num todo), passando a advogar com mais insistência a sua conservação, tendo em vista a preservação da sua identidade, feita não apenas de folclore, mas com respeito pela sua idiossincrasia. É nesta que reside a sua alma. Sim, porque como bem sabiam os romanos, as terras e as casas têm espírito e na sua interacção com o das pessoas reside o bem-estar e a alegria das gentes que aí vivem.
A semana da Ascensão enquadra-se neste espírito. A manutenção destas tradições – mais antigas do que o nosso saber – é um legado patrimonial de pais para filhos. A este propósito cabe aqui recordar que a palavra património é da mesma família de pai e de pátria (do latim pater). Ora, quem é que não ama o seu pai ou a sua mãe? Lá diz o ditado popular, transformado em cantiga: Quem dera ter uma mãe / nem que ela fosse uma silva / ainda que ela arranhasse / sempre eu era a sua filha. Por isso, coitados dos que não têm terra ou lembrança dela, berço primordial de cada um de nós.
Depois de terminar este trabalho, senti o mesmo que o grande Camões, sem saber o que fazer com ele, como o grande épico com o imortal Lusíadas – perdoem-me a comparação que não tem nada a ver com a dimensão da obra, mas sim com os sentimentos do coração. Foi, então, depois de alguns passeios à volta do “meu quintal” – como se exprimiu Garrett – que abri a alma desanimada ao querido amigo José Cumbre. É justo dizê-lo pois foi ele que, em boa hora, me recomendou que viesse ter com a “câmara” já que ele acreditava que era o sítio indicado para eu apresentar o que tinha aprendido. De outras pessoas a quem estou agradecida fica o registo no lugar apropriado. Da boa vontade do senhor presidente – cujo acolhimento é muito merecido elogiar da minha parte – ganhei o encorajamento que faltava para avançar para o editor.
Do empenho deste último está à vista a prova: um excelente trabalho de forma, desejando, sinceramente, que o conteúdo lhe corresponda e não desiluda ninguém que o tenha em mãos. Cabe-lhe aqui o meu agradecimento, enquanto autora, pelo resultado final, não devendo deixar de estender o encarecimento ao mérito de Sara Silva, a designer que fez o tratamento do texto e da imagem, com grande profissionalismo. Neste aspecto, como em muitos outros, assiste-se à subida da bitola da qualidade da “província” que não desmerece o que se faz na cidade.
Noutros campos, não menos interessantes, embora eu não habite em permanência na região, quero estar segura, que o concelho há-de aproveitar bem as sinergias – como se diz agora – para não deixar morrer a alma que a tornou famosa.
Regresso ao princípio, acrescentando que fui recebida com a hospitalidade que caracteriza a franqueza ribatejana, mas também devo dizer que foi o amor que me moveu. Sem amor e sem a garra da paixão nada teria feito, visto que, sem mentir, desejei conhecer melhor esta terra, por amor a ela, terra onde vi a luz do dia pela primeira vez e isso fiz, investindo muito de mim, em tempo e em esforço. Fi-lo consciente de que valia a pena, qualquer que fosse ou seja a recepção que venha a ter, pois há coisas que se apreciam melhor com o andar da vida e eu acredito que outros virão e hão-de ficar cativados por este trabalho, por menor que seja como contributo para algo maior – tal como eu fico sempre, quando consulto os livros antigos. E porque um discurso é uma forma de oração, terminarei como quem a faz, expressando o meu muito obrigada e formulando um voto, com o qual sintetizo o que me vai no pensamento: que a prosperidade e a paz sejam com todos aqueles que acreditam que vale a pena!
Tendo isso em consideração, verifica-se também que os novos aldeamentos depois da reconquista lançaram os seus alicerces na proximidade das ruínas dos antigos lugares romanos. Tomemos como exemplo Conímbriga, Coimbra e Condeixa. Depois de abandonada Conímbriga vieram erguer-se dum lado e do outro dos seus pontos cardeais a famosa Coimbra e Condeixa disputando-se estas, entre si, a primazia, sobre a antiga povoação romana ou seja: qual delas seria a mais directa herdeira daquele passado glorioso.
É interessante descobrir – depois de o ter investigado – que tudo o que fica dito se encaixa naquilo que pretendi transmitir neste livro. No nosso pequeno caso, que serve de tema ao livro que aqui se apresenta, acha-se, na base, uma situação semelhante, sob este ponto de vista. Sustento nele a tese da diferença entre Trava e Vale de Cavalos, ao mesmo tempo que pretendo deixar, sem fingidas pretensões, a pista para aquilo que não representa qualquer dúvida, para mim, que é a antiguidade romana de Vila de Rei. Tanto Vila de Rei como Trava foram sítios de ocupação romana – qualquer que tenha sido o período em que ela aconteceu – enquanto posso assegurar, sem margem de erro, que Vale de Cavalos nasceu entre as duas sem coincidir, em absoluto, com nenhuma delas.
A reunião que se veio a constituir em Vale de Cavalos, com o passar do tempo, enquanto pólo aglutinador de ambas as designações, acarretando consigo os territórios que lhes são afins, só se veio a verificar por influência eclesiástica, desde que se erigiu nela a igreja paroquial, como sítio de convergência dos “fregueses”, designação popular e antiga para o que chamamos paroquianos. Por outro lado, aproveitando esta realidade, a reforma liberal impôs uma nova rede administrativa ao país que, na maior parte dos casos e depois de muitas discussões, assentou sobre as divisões criadas pelas dioceses naqueles tempos recuados. Foi assim que Vale de Cavalos se ergueu como cabeça de freguesia, congregando nela, tanto os casais da charneca como as quintas ou casais do campo, este sim, chamado da Trava.
Aproveito para dizer que também o campo da Trava foi alvo de criteriosa pesquisa documental e com grande expectativa aguardo que um dia venha a público para completar o que fica escrito em Vila de Rei com Val de Cavalos.
Posto isto, deixo aos leitores interessados as pistas documentais, sugerindo aos que queiram prosseguir com a investigação no futuro – sobretudo arqueológica – que as leiam e as comentem, pretendendo tão-somente favorecer, com isso, o melhor e mais vasto conhecimento e divulgação do património de riba Tejo.
Não quero também deixar de, em breves palavras, homenagear o nome de Pero Esteves do Cazal, um dos primeiros senhores destes domínios que chegou ao nosso conhecimento através da documentação – embora, não, certamente, o primeiro – para com ele celebrar a memória de um homem empreendedor que desbravou as matas e fez a terra produzir os seus frutos, numa época de grande fomento económico e não menos também de cultura e bem-estar social, como assinaladamente garantem, os nossos historiadores. Estou a referir-me aos reinados de D. Afonso III e de D. Dinis, sem esquecer períodos intercalares nos reinados de D. Afonso IV a D. Fernando. Demonstro também que a terra conheceu a reocupação pós-reconquista certamente com o grande rei D. Sancho I e, desse tempo, seriam os primeiros donos cristãos, efectivos, desta terra. As dificuldades que se seguiram nos anos posteriores teriam causado alguma insegurança e provocado a descontinuidade da ocupação. Garantidamente, desde os últimos decénios do século XIII em diante, renasceram estas terras e nasceu a povoação de Vale de Cavalos.
Igualmente, estou convencida pelo que me foi possível averiguar, que Vila de Rei acompanhou desde o seu nascimento, em termos ocupacionais, a Chamusca e Ulme, muito embora quer uma quer outra tenham evoluído, pelas razões que se contam no livro, em sentido mais grandioso, enquanto sedes de poder. Ficamos no percurso a conhecer os nomes daqueles que aqui estabeleceram a senhoria, rivalizando na importância e condição com os dos referidos lugares vizinhos.
- Que importância é que tem isso? Dirá alguém. Pouca ou nenhuma, provavelmente, no entender de alguns. Aceito que se pense assim, visto que para reconhecer o valor do que quer que seja, em primeiro lugar, é preciso tempo para amar o objecto do nosso interesse. Mas também sei que ninguém pode amar o que não conhece. Por isso, seguindo exemplos raros, dispus-me a pesquisar para conhecer e amar melhor esta terra onde nasci e nasceram muitos dos meus antepassados – e dos de muitos dos presentes, se não de todos.
Sem conhecer não é possível amar. E permitam-me que lembre Dante, o grande poeta, precursor de uma nova idade na arte da escrita. Teria Dante escrito a sua “Divina Comédia” se não tivesse conhecido Beatriz?
Adquiridas, felizmente, algumas garantias capitais à boa convivência social é preciso avançar – julgo eu – para o conhecimento mais profundo das coisas da nossa terra (refiro-me ao concelho num todo), passando a advogar com mais insistência a sua conservação, tendo em vista a preservação da sua identidade, feita não apenas de folclore, mas com respeito pela sua idiossincrasia. É nesta que reside a sua alma. Sim, porque como bem sabiam os romanos, as terras e as casas têm espírito e na sua interacção com o das pessoas reside o bem-estar e a alegria das gentes que aí vivem.
A semana da Ascensão enquadra-se neste espírito. A manutenção destas tradições – mais antigas do que o nosso saber – é um legado patrimonial de pais para filhos. A este propósito cabe aqui recordar que a palavra património é da mesma família de pai e de pátria (do latim pater). Ora, quem é que não ama o seu pai ou a sua mãe? Lá diz o ditado popular, transformado em cantiga: Quem dera ter uma mãe / nem que ela fosse uma silva / ainda que ela arranhasse / sempre eu era a sua filha. Por isso, coitados dos que não têm terra ou lembrança dela, berço primordial de cada um de nós.
Depois de terminar este trabalho, senti o mesmo que o grande Camões, sem saber o que fazer com ele, como o grande épico com o imortal Lusíadas – perdoem-me a comparação que não tem nada a ver com a dimensão da obra, mas sim com os sentimentos do coração. Foi, então, depois de alguns passeios à volta do “meu quintal” – como se exprimiu Garrett – que abri a alma desanimada ao querido amigo José Cumbre. É justo dizê-lo pois foi ele que, em boa hora, me recomendou que viesse ter com a “câmara” já que ele acreditava que era o sítio indicado para eu apresentar o que tinha aprendido. De outras pessoas a quem estou agradecida fica o registo no lugar apropriado. Da boa vontade do senhor presidente – cujo acolhimento é muito merecido elogiar da minha parte – ganhei o encorajamento que faltava para avançar para o editor.
Do empenho deste último está à vista a prova: um excelente trabalho de forma, desejando, sinceramente, que o conteúdo lhe corresponda e não desiluda ninguém que o tenha em mãos. Cabe-lhe aqui o meu agradecimento, enquanto autora, pelo resultado final, não devendo deixar de estender o encarecimento ao mérito de Sara Silva, a designer que fez o tratamento do texto e da imagem, com grande profissionalismo. Neste aspecto, como em muitos outros, assiste-se à subida da bitola da qualidade da “província” que não desmerece o que se faz na cidade.
Noutros campos, não menos interessantes, embora eu não habite em permanência na região, quero estar segura, que o concelho há-de aproveitar bem as sinergias – como se diz agora – para não deixar morrer a alma que a tornou famosa.
Regresso ao princípio, acrescentando que fui recebida com a hospitalidade que caracteriza a franqueza ribatejana, mas também devo dizer que foi o amor que me moveu. Sem amor e sem a garra da paixão nada teria feito, visto que, sem mentir, desejei conhecer melhor esta terra, por amor a ela, terra onde vi a luz do dia pela primeira vez e isso fiz, investindo muito de mim, em tempo e em esforço. Fi-lo consciente de que valia a pena, qualquer que fosse ou seja a recepção que venha a ter, pois há coisas que se apreciam melhor com o andar da vida e eu acredito que outros virão e hão-de ficar cativados por este trabalho, por menor que seja como contributo para algo maior – tal como eu fico sempre, quando consulto os livros antigos. E porque um discurso é uma forma de oração, terminarei como quem a faz, expressando o meu muito obrigada e formulando um voto, com o qual sintetizo o que me vai no pensamento: que a prosperidade e a paz sejam com todos aqueles que acreditam que vale a pena!
in Alice Lázaro
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Lançamento do livro "Duas Crises" -
Apresentação da obra será feita pelo Historiador José Freire Antunes.
“Duas Crises” é um relato de dois momentos que marcaram a história recente de Portugal, o 13 de Abril de 1961 - o “Golpe Botelho Moniz” - que pretendeu derrubar o regime do Prof. Oliveira Salazar, e os acontecimentos que precederam o 25 de Abril de 1974.
É a visão pessoal de um oficial do exército português que entrou para a Escola do Exército – Curso de Artilharia em 1941 e que durante cerca de trinta anos serviu a Pátria nas Forças Armadas.
Escrita em 1976, esta obra está recheada de relatos importantes, muitos deles pouco divulgados, outros inéditos, que podem ajudar na compreensão da política ultramarina do anterior regime e na influência que esta teve nas Forças Armadas desde a década de 50 até à Revolução em 1974. Também dá a conhecer algumas das motivações e convicções de algumas das personagens que marcaram o Regime Salazarista (e o seu fim…).
Não é nem pretende ser um relato exaustivo dos acontecimentos. Tem dois objectivos principais: o primeiro ser uma reflexão de quem viveu alguns dos momentos mais importantes destes dois movimentos históricos e, o segundo constituir acima de tudo uma visão humana de alguns dos mais importantes (embora pouco conhecidos) protagonistas da História Portuguesa contemporânea a partir dos relatos sobre as pessoas com quem o autor trabalhou e privou.
A reedição de “Duas Crises” é também a homenagem da família a um marido, pai e avô que sempre cultivou e transmitiu aos seus um forte sentido de responsabilidade, bom senso e de justiça.
É a visão pessoal de um oficial do exército português que entrou para a Escola do Exército – Curso de Artilharia em 1941 e que durante cerca de trinta anos serviu a Pátria nas Forças Armadas.
Escrita em 1976, esta obra está recheada de relatos importantes, muitos deles pouco divulgados, outros inéditos, que podem ajudar na compreensão da política ultramarina do anterior regime e na influência que esta teve nas Forças Armadas desde a década de 50 até à Revolução em 1974. Também dá a conhecer algumas das motivações e convicções de algumas das personagens que marcaram o Regime Salazarista (e o seu fim…).
Não é nem pretende ser um relato exaustivo dos acontecimentos. Tem dois objectivos principais: o primeiro ser uma reflexão de quem viveu alguns dos momentos mais importantes destes dois movimentos históricos e, o segundo constituir acima de tudo uma visão humana de alguns dos mais importantes (embora pouco conhecidos) protagonistas da História Portuguesa contemporânea a partir dos relatos sobre as pessoas com quem o autor trabalhou e privou.
A reedição de “Duas Crises” é também a homenagem da família a um marido, pai e avô que sempre cultivou e transmitiu aos seus um forte sentido de responsabilidade, bom senso e de justiça.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Livro "Vila de Rei com Val de Cavalos"
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Será aqui neste magnifico Edifício de S. Francisco, na bonita Vila da Chamusca, que será lançado no próximo sábado, 23 de Maio de 2009, às 18,30 horas o livro "Vila de Rei com Val de Cavalos" de autoria de Alice Lázaro, o elogio da obra estará a cargo do Profº. Doutor Pedro Passos Canavarro.
"Vila de Rei com Val de Cavalos"
...Antigamente dizia-se ser do tempo dos mouros tudo o quelembrasse eras remotas e desconhecidas. O mesmo se contava danascente de água fresca que brotava puríssima do cabeço virado a
leste. Esta fonte tanto podia servir para matar a sede como paralavar a roupa. Há muito tempo que alguém se lembrou de mandarabrir ali um tanque de alvenaria para reter as águas, passando asmulheres a usufruir de uma comodidade alternativa à vala ou às ribeiras. Ao tanque artificial ligou-se o nome antigo que perdurou na memória: fonte de N.ª Sr.ª dos Remédios. O baptismo evoca a padroeira cuja celebração se perde numa idade que ninguém sabiaou sabe ao certo. A fonte meio escondida pela vegetação era o lugar propício à
ocorrência de encontros com moiras encantadas que se levantavam a desoras para saltar ao caminho do errante morador ou do andarilho perdido. A troco da quebra do seu encantamento prometiam as diáfanas criaturas descobrir o sítio onde se escondiam tesouros iguais aos das mil e uma noites. Das profundezas saíam pujantes burras de oiro que, por via do sortilégio, tinham o condão de alterar da noite para o dia a vida do ditoso, à revelia da intriga das gentes da
terra. A riqueza inesperada de alguém era obra de qualquer moira que, garantiam, lhes aparecera fora de horas para os lados da mina da Sr.ª dos Remédios...
leste. Esta fonte tanto podia servir para matar a sede como paralavar a roupa. Há muito tempo que alguém se lembrou de mandarabrir ali um tanque de alvenaria para reter as águas, passando asmulheres a usufruir de uma comodidade alternativa à vala ou às ribeiras. Ao tanque artificial ligou-se o nome antigo que perdurou na memória: fonte de N.ª Sr.ª dos Remédios. O baptismo evoca a padroeira cuja celebração se perde numa idade que ninguém sabiaou sabe ao certo. A fonte meio escondida pela vegetação era o lugar propício à
ocorrência de encontros com moiras encantadas que se levantavam a desoras para saltar ao caminho do errante morador ou do andarilho perdido. A troco da quebra do seu encantamento prometiam as diáfanas criaturas descobrir o sítio onde se escondiam tesouros iguais aos das mil e uma noites. Das profundezas saíam pujantes burras de oiro que, por via do sortilégio, tinham o condão de alterar da noite para o dia a vida do ditoso, à revelia da intriga das gentes da
terra. A riqueza inesperada de alguém era obra de qualquer moira que, garantiam, lhes aparecera fora de horas para os lados da mina da Sr.ª dos Remédios...
Alice Lázaro exerceu a actividade de professora de História do ensino secundário durante mais de duas décadas. Durante esse período desempenhou tarefas como orientadora pedagógica de estágio integrado além de se ter dedicado ao estudo e divulgação do património local, tendo sido monitora e formadora de docentes nesta área.
No âmbito do estudo do património escolar – do antigo ensino industrial – fez pesquisa sobre materiais didácticos e actividades docentes, relativas ao último quartel do século XIX, em Portugal de que resultaram os estudos que levaram à sua dissertação de Mestrado em História da Arte, publicada em 2002 pela Câmara Municipal de Coimbra – Património de Coimbra – sob o título: Leopoldo Battistini: Realidade e Utopia – a influência de Coimbra no percurso estético e artístico do pintor italiano em Portugal (1889-1936).
No âmbito do estudo do património escolar – do antigo ensino industrial – fez pesquisa sobre materiais didácticos e actividades docentes, relativas ao último quartel do século XIX, em Portugal de que resultaram os estudos que levaram à sua dissertação de Mestrado em História da Arte, publicada em 2002 pela Câmara Municipal de Coimbra – Património de Coimbra – sob o título: Leopoldo Battistini: Realidade e Utopia – a influência de Coimbra no percurso estético e artístico do pintor italiano em Portugal (1889-1936).
Tem feito contribuições esporádicas com artigos da sua autoria em obras de colaboração, nomeadamente, Dicionário da História dos Descobrimentos Portugueses, direcção de Luís Albuquerque (Círculo de Leitores), em artigos de imprensa periódica e local e em conferências, versando o património e o ensino.
Nos últimos anos tem-se ocupado na investigação de fundos documentais existentes no ANTT (Torre do Tombo). Como resultado desse trabalho minucioso têm vindo a público obras de divulgação desses materiais com a devida contextualização histórica.
Nos últimos anos tem-se ocupado na investigação de fundos documentais existentes no ANTT (Torre do Tombo). Como resultado desse trabalho minucioso têm vindo a público obras de divulgação desses materiais com a devida contextualização histórica.
Apresentação do livro "Videntes e Confidentes" em Benavente
segunda-feira, 18 de maio de 2009
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Fnac- Chiado 13 de Maio - Um Estudo sobre as Aparições de Fátima
Videntes e Confidentes
Um Estudo sobre as Aparições de Fátima
...Os fenómenos que usualmente denominamos “aparições”, revestem-se de vicissitudes sociais e culturais multifacetadas, em que se movimentam diversos actores, tanto videntes e devotos, como responsáveis pelos processos de aceitação e integração mais ou menos canónica.
E se as eventuais etapas secundárias, sempre institucionalizadas, se revestem, já, de uma multivalência doutrinária que as respectivas conjunturas vão acarretando, os testemunhos primários, constituem quase sempre uma emanação directa das personalidades dos videntes, numa conjuntura cultural bem definida.
Poder-se-á dizer-se, assim, que as aparições constituem eclosões epifânicas decorrentes de determinadas condições sociais, assentes em catalisadores culturais específicos e tendo como elemento polarizador a personalidade (não perversa, nem patológica, mas singular no seu psiquismo) do respectivo vidente!
terça-feira, 12 de maio de 2009
José do Carmo Francisco
Amanhã 13 de Maio na FNAC-Chiado Aurélio Lopes apresenta «Videntes e confidentes»
O antropólogo Aurélio Lopes (que se estreou em 1995 com «Religião Popular do Ribatejo») vai estar na FNAC do Chiado às 18,30 h de amanhã (13) para divulgar o seu mais recente livro «Videntes e Confidentes» – uma edição da COSMOS. Embora subintitulada «Um estudo sobre as aparições de Fátima» a obra engloba outros três aspectos: «Mulheres e Deusas», «Aparições» e «A construção do Sagrado».
Um dos temas mais curiosos tem a ver com a multiplicação quase milagrosa de testemunhos muitos deles até contraditórios como refere o escritor fatimita Sebastião Martins dos Reis ou seja, «ao sabor do critério estreito de uma interpretação pessoalíssima». Na verdade Lúcia, nas entrevistas e inquéritos a que é submetida em 1917 e nos diálogos breves e simples que ao tempo estabelece, responde quando lhe solicitam um maior rigor nas declarações: «não me recordo já bem», «podia ter sido isso, não sei», «cuido que sim», «cuido que foi em», «talvez não entendesse bem», «parece-me que não» ou simplesmente não responde. Várias décadas depois rememora diálogos complexos, compridos e eruditos com a maior das facilidades. A título de exemplo veja-se o extracto de um pretenso diálogo entre Lúcia e Jacinta em 1917: «Ó Lúcia, aquela Senhora disse que o seu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá a Deus. Não gostas tanto? Eu gosto tanto do seu coração! – É o Coração Imaculado de Maria, ultrajado pelos pecados da Humanidade e que deseja reparação». Esta será uma conversa entre duas crianças de sete e dez anos, rurais, incultas e analfabetas em início do século XX – observa Aurélio Lopes na página 342 do livro.
José do Carmo Francisco
O antropólogo Aurélio Lopes (que se estreou em 1995 com «Religião Popular do Ribatejo») vai estar na FNAC do Chiado às 18,30 h de amanhã (13) para divulgar o seu mais recente livro «Videntes e Confidentes» – uma edição da COSMOS. Embora subintitulada «Um estudo sobre as aparições de Fátima» a obra engloba outros três aspectos: «Mulheres e Deusas», «Aparições» e «A construção do Sagrado».
Um dos temas mais curiosos tem a ver com a multiplicação quase milagrosa de testemunhos muitos deles até contraditórios como refere o escritor fatimita Sebastião Martins dos Reis ou seja, «ao sabor do critério estreito de uma interpretação pessoalíssima». Na verdade Lúcia, nas entrevistas e inquéritos a que é submetida em 1917 e nos diálogos breves e simples que ao tempo estabelece, responde quando lhe solicitam um maior rigor nas declarações: «não me recordo já bem», «podia ter sido isso, não sei», «cuido que sim», «cuido que foi em», «talvez não entendesse bem», «parece-me que não» ou simplesmente não responde. Várias décadas depois rememora diálogos complexos, compridos e eruditos com a maior das facilidades. A título de exemplo veja-se o extracto de um pretenso diálogo entre Lúcia e Jacinta em 1917: «Ó Lúcia, aquela Senhora disse que o seu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá a Deus. Não gostas tanto? Eu gosto tanto do seu coração! – É o Coração Imaculado de Maria, ultrajado pelos pecados da Humanidade e que deseja reparação». Esta será uma conversa entre duas crianças de sete e dez anos, rurais, incultas e analfabetas em início do século XX – observa Aurélio Lopes na página 342 do livro.
José do Carmo Francisco
quinta-feira, 7 de maio de 2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
bulhosa books & living
A partir de hoje todos os livros das Edições Cosmos, podem ser adquiridos nas 12 livrarias do grupo Bulhosa ou em http://www.bulhosa.pt/
sábado, 2 de maio de 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Jornal O Templário
Entrevista a Aurélio LopesO fenómeno das aparições na perspectiva de um antropólogo (© Jornal O Templário, por Jornal O Templário)
“O Templário” entrevistou o antropólogo Aurélio Lopes, que lança este sábado o livro “Videntes e Confidentes: Um Estudo sobre as Aparições de Fátima”
Como se explica social e antropologicamente as aparições? Porque será que elas acontecem mais em determinados períodos? Estas são algumas das questões a que o antropólogo Aurélio Lopes procura responder no seu livro “Videntes e Confidentes: Um Estudo sobre as Aparições de Fátima” que vai ser lançado sábado em Tomar. Sobre este tema “O Templário” entrevistou o autor.
Todos os pormenores nesta edoção do jornal "O Templário"
Entrevista a Aurélio LopesO fenómeno das aparições na perspectiva de um antropólogo (© Jornal O Templário, por Jornal O Templário)
“O Templário” entrevistou o antropólogo Aurélio Lopes, que lança este sábado o livro “Videntes e Confidentes: Um Estudo sobre as Aparições de Fátima”
Como se explica social e antropologicamente as aparições? Porque será que elas acontecem mais em determinados períodos? Estas são algumas das questões a que o antropólogo Aurélio Lopes procura responder no seu livro “Videntes e Confidentes: Um Estudo sobre as Aparições de Fátima” que vai ser lançado sábado em Tomar. Sobre este tema “O Templário” entrevistou o autor.
Todos os pormenores nesta edoção do jornal "O Templário"
Jornal Correio do Ribatejo
O novo livro de Aurélio Lopes
“Videntes e Confidentes: Um estudo sobre as aparições de Fátima” 07-04-2009
“Videntes e Confidentes: Um estudo sobre as aparições de Fátima” é o novo livro do antropólogo Aurélio Lopes que será apresentado em Santarém, na Sala de Leitura Bernardo Santareno, dia 18, sábado, às 17 horas. “Fazer um estudo destes, sobre Fátima, surge como evolução natural de um percurso pessoal de investigação pautado pela abordagem da relação dos homens com a esfera do sagrado, nomeadamente no campo mais específico da religiosidade popular, nas suas manifestações colectivas e públicas; as festas cíclicas ou comunitárias, romarias, santuários, etc.,…” revela ao Correio do Ribatejo. A importância do fenómeno de Fátima no país, como em todo o mundo católico, torna o tema para o autor “particularmente sedutor e interessante”. “Diria mesmo que esta obra é, de alguma forma, fruto de uma evolução natural,” assegura. Apesar disso, Aurélio Lopes é de opinião que “a manipulação deste assunto carece de especiais cuidados,” não tanto “naquilo que se diz” (em grande parte decorrente de imperativos metodológicos) mas essencialmente “na forma como se diz!” Aurélio Lopes não esquece na sua obra que milhões de pessoas por todo o mundo têm Fátima como o grande referencial místico e taumatúrgico: “As suas crenças merecem, naturalmente, todo o respeito, como aliás, qualquer tipo de crenças religiosas ou não. Nem mais nem menos do que exigimos para nós: para as nossas convicções, opiniões e conclusões,” esclarece. São estes fenómenos que, segundo o autor, melhor explicação constituem, originalmente, “emanações e projecções” dos, assim chamados, videntes. “Projecções cujas particularidades motivacionais individuais e auto-consciências operativas, apenas uma equipa multidisciplinar (incluindo, entre outros, psicólogos clínicos e sociais) e munida de dados primevos menos modificados poderia, eventualmente, percepcionar”. É esta a convicção do autor, para quem as aparições “surgem normalmente em contextos sociais e políticos favoráveis e após períodos iniciais de avaliação poderão vir a ser aceites como autênticos.” relata. Livro com quatro partes A obra está dividida em quatro partes, precedidas de uma prévia reflexão acerca da problemática cadente da relação epistemológica entre ciência e religião. A primeira, “Mulheres e Deusas”, remete-nos para o papel histórico das divindades femininas, nomeadamente no mundo mediterrâneo, “vistas estas no contexto dicotómico e ambivalente que opõe e conjuga fertilidade e virgindade”. A segunda parte, “Aparições”, debruça-se, em particular, sobre a tipologia destes fenómenos tão característicos do cristianismo: “grosso modo, formas de relação directa (leia-se, sem intermediários eclesiásticos) com o sobrenatural”. A relação directa com “Fátima” surge na terceira parte; precisamente assim denominada. A última parte, “A Construção do Sagrado”, aborda, finalmente, os fenómenos primevos do ponto de vista mais claramente antropológico, bem como a sua evolução no tempo histórico e clerical. A forma como o texto está equacionado assenta em análises que partem sempre do princípio de que o fenómeno divino é naturalmente verdadeiro para quem o interpreta e, dele professa. Claro que existem fraudes em todo o, lado! Mas os sujeitos da acção religiosa (milagrosa ou não) são, naturalmente, crentes sinceros. Logo crêem naquilo que lhes sentem acontecer ou sentem acontecer aos outros. “Podemos dizer que o livro apresenta uma explicação sociocultural dos fenómenos enquanto antropologicamente considerados, em que os videntes não são apenas uma parte da interacção com o divino, mas são, dir-se-á, a própria interacção,” informa Aurélio Lopes que acescenta: “Não sendo fenómenos sustentáveis em termos científicos, as aparições expressam dimensões existenciais muito particulares que, nem por serem virtuais, são menos efectivas e envolventes.” Para o antropólogo, o objectivo “utópico” deste estudo (que como utópico que é dificilmente se concretizará em absoluto) é fornecer a muitos não crentes “uma sustentável tese socio-cultural alternativa” e, a muitos crentes, “um sustentável cenário histórico e cultural onde eclodem e se configuram os fenómenos taumatúrgicos em que acreditam.” Videntes são muitas vezes crianças O autor revela ainda que os videntes são muitas vezes crianças, jovens ou pessoas de formação cultural baixa, emotivos e impressionáveis, levando muitas vezes uma existência dura e boçal, quantas vezes sofrida, sem perspectivas de melhoria. “Para eles, o mundo é, ainda, palco de uma luta entre o bem e o mal. Luta em que o mal confere sentido ao bem, não obstante dever ser periodicamente vencido em sucessivos confrontos que antecipam o confronto final e onde cada um (é, suposto) ter um papel a desempenhar”. A aparição proporciona-lhe, assim, uma importante ruptura com o quotidiano. Uma importância que o resgata à banalidade prosaica da sua existência e confere, de alguma forma, uma razão de ser, ao seu sofrimento. Quanto a possíveis criticas, Aurélio Lopes é claro: “Não! Não me preocupam as eventuais críticas da Igreja. Pelo menos aquelas que decorrem, directa ou indirectamente, da intocabilidade da matéria. Preocupam-me, sim, eventuais críticas acerca da sustentabilidade das análises e das conclusões. Venham elas de onde vierem,” assegura. O livro “Videntes e Confidentes: Um estudo sobre as aparições de Fátima” será apresentado também em Tomar, no auditório da Biblioteca Municipal, dia 2 de Maio (igualmente sábado), às 16 horas. JPN
http://www.correiodoribatejo.com/indexnoticiasDetail.asp?cod_Noticias=1901
Videntes e Confidentes
Santarém e Tomar
Aurélio Lopes lança "Videntes e Confidentes: Um Estudo sobre as Aparições de Fátima"
A Sala de Leitura Bernardo Santareno recebeu, no dia 18 de Abril, o lançamento do novo livro do antropólogo Aurélio Lopes “Videntes e Confidentes: Um Estudo sobre as Aparições de Fátima”. O livro vai ser objecto de uma nova apresentação pública, no dia 2 de Maio (sábado), às 16 horas, no Salão da Biblioteca Municipal de Tomar, numa organização do Jornal "O Templário" e apoio da Câmara Municipal de Tomar. A publicação está a cargo das Edições Cosmos, e é patrocinada pela Câmara Municipal de Santarém, sendo o prefácio da autoria do teólogo e professor universitário Frei Bento Domingues, que irá estar, igualmente, presente.
Subscrever:
Mensagens (Atom)