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Autor(es): J.F. David-Ferreira | Tiago Brandão
Edição/reimpressão: 2020
Páginas: 366 + 24 de fotografias
Editor: Edições Cosmos
ISBN: 9789727624201
Idioma: Português
Sinopse
O livro a que estas linhas servem de preâmbulo - em obediência a um convite que muito me honra configura uma dupla homenagem sentida: ao Professor Augusto Pires Celestino da Costa - o Mestre reconhecido -, e ao Professor José Francisco David Ferreira, "o seu último discípulo".
A pedido da família e dos continuadores da obra de David Ferreira, o Doutor Tiago Brandão encarregou-se - com critério e mestria no ofício - de conferir às redações e fragmentos no espólio recolhidos a forma concatenadamente legível que na publicação presente se saúda: articulando troços incompletos na redacção, procedendo a pertinentes contextualizações antes tão-só em esboço sugeridas, aduzindo uma iluminadora série de textos menos acessíveis de Celestino da Costa, compondo um cuidado aparato crítico de notas, perfis biográficos, e indicações bibliográficas.
Na fidelidade ao prosseguimento de uma exigente tradição (de resto, inaugurada logo pelo seu fundador: Bento de Jesus Caraça), este volume aparece - por razões que não relevarão do fortuito acaso - sob a chancela das "Edições Cosmos". A associação é, a todos os títulos, feliz.
in Prefácio de José Barata-Moura
A ideia e a decisão de escrever este livro veio tardiamente na vida de J. F. David-Ferreira; partiu de um esboço de uma autobiografia do próprio Celestino (o qual havia intitulado "História d'uma Experiência" e a que teve acesso graças à amizade do filho do seu Mestre, Jaime Celestino da Costa), servindo inicialmente de matriz ao estudo biográfico que abraçara nos últimos anos da sua vida. Partiu esta biografia do estudo que David-Ferreira conduziu, pessoalmente, observando os testemunhos dos que com ele trabalharam, discípulos, colegas e familiares, como lendo o muito que o próprio Celestino escreveu e que ficou como marca indelével do seu próprio pensamento.
O saudoso David-Ferreira pretendia, antes de mais, fazer justiça à memória do seu Mestre. Nisso penou, como penam todos os que assumem publicamente boas intenções, num País e num meio fustigado por atitudes mesquinhas, incluindo as capelinhas universitárias, pela própria arbitrariedade de caciques e mandarins, e, claro, de muito boa gente que infelizmente nunca conseguiu se libertar da mentalidade de uma pseudo-aristocracia. E assim se mantinha o triste facto: o sábio lisboeta, A. Celestino da Costa, abundantemente citado pelos historiadores do período, não tem merecido condigna reflexão sobre o seu perfil, e respectivos ideais, dimensões e, sobretudo, quanto ao alcance extraordinário do seu pensamento.