quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

OS LIVROS DAS EDIÇÕES COSMOS JÁ ESTÃO À VENDA NO BRASIL


As Edições Cosmos e a Sequência - Representação Editorial, assinaram um acordo de parceria.
Ao estabelecer este acordo, construímos uma ponte entre produção editorial portuguesa e as mais diversificadas livrarias brasileiras, aproximando os dois países no desenvolvimento cultural lusófono e fortalecendo o livro português no mercado Brasileiro.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

LANÇAMENTO DO LIVRO "UM AMOR COLONIAL" DE PAULO GRANJO NA LIVRARIA BARATA









As Edições Cosmos agradecem a todos que estiveram na Livraria Barata, para o lançamento do livro "Um Amor Colonial" de Paulo Granjo. O livro teve apresentação do Exmo. Prof. Jorge Vala (Director do Instituto de Ciências Sociais). Quem teve o privilégio de estar presente, teve a oportunidade de passar um final de tarde e início noite muito agradavél, na companhia do Livro "Um Amor Colonial".

LIVRARIA BARATA


A partir de hoje todos os livros das Edições Cosmos, podem ser adquiridos na Livraria Barata - Av. de Roma, n.º11 em Lisboa.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

APRESENTAÇÃO DO LIVRO "VIDENTES E CONFIDENTES"













As Edições Cosmos agradecem a todos que estiveram presentes, no passado dia 5 de Dezembro de 2009, na Biblioteca Municipal de Ourém. Quem esteve presente, presenteou numa tarde chuvosa, a um belo "debate" sobre o livro. No qual se debateu, a importância das Aparições de Nossa Senhora de Fátima, para o concelho de Ourém, para a história de Portugal e mundial e também como sendo o maior mobilizador de massas em Portugal. Um belo debate sem duvida.


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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Don Giovanni em Lisboa - um Drama jocoso

"...Ia três meses que cantava como uma profissional e, com o passar dos dias, no seu espírito tudo parecia tornar-se claro. Claro de uma claridade que não prescindia de a assustar. "Sem sombra de pecado", Sílvio era outro mundo que se lhe oferecia de par em par. O mundo do belo canto, dos palcos, das luzes da ribalta. Talvez o de uma família a reconstruir, mesmo que os pedaços fossem desencontrados. Mas Sílvio aceitá-la-ia? Ou iriam continuar cada qual em sua casa, repetindo-se eternamente o mesmo ciclo? Que futuro poderia ter esta nova eleição? Seria verdade que o seu destino não era realizar-se como professora de francês, mas como cantora como sempre sonhara desde a adolescência? Ficar enganada no fim seria o mais certo.
Seria capaz de viver com os dois, com Sílvio no mundo do canto, com Pedro, no mundo de ensino e do dia a dia?..."
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Manuel Dias Duarte, inspira-se na ópera de Mozart para nos descrever o conflito de paixões entre Masetto(Pedro da Fonseca), Zerlina(Sofia Modesto), e Don Giovanni (Sílvio Zivkovic) e o fracasso das suas relações.
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Maçonaria - passado, presente e futuro



O QUE É A MAÇONARIA?


Define-se como uma associação, ou Ordem, de Tradição Iniciática, filosófica, filantrópica, constituída por homens livres, formando uma Irmandade, que, sob a forma «especulativa» (isto é, dedicada ao estudo das coisas teóricas), prossegue o aperfeiçoamento da Humanidade, através da elevação moral e espiritual dos seus membros.
Defende um conjunto de valores, que não lhe sendo exclusivos, são cultivados pelos seus membros, dos quais sobressaem a Liberdade e a Tolerância e a Igualdade.
-Liberdade absoluta de consciência, não aceitando dogmas, coacção religiosa, sectarismo ou proselitismo;
-liberdade política, combatendo a opressão do Homem sob todas as suas formas, o terror, a miséria e defendendo as liberdades individuais no respeito pela personalidade e honra de cada um, sem regalias injustas;
-Tolerância para com as opiniões de todos, sem prejuízo de combater o erro a ignorância e os vícios.
-Igualdade de todos perante a lei, igualdade de oportunidades económicas e sociais, combatendo a corrupção, todas as formas de descriminarão e enaltecendo o mérito.
Pretende ser, ainda, uma Irmandade ou Fraternidade, porque os seus membros se assumem como irmãos escolhidos, que se vinculam a um dever de ajuda e assistência mútua, solidária e filantrópica, e a resolver os seus litígios segundo os princípios da conciliação e Tolerância.
Adopta uma forma ritualista, ou seja, nos seus trabalhos e reuniões usa um ritual como elemento agregador...
in Cipriano Oliveira
Pedidos para edicoescosmos@gmail.com - Preço 12 euros - enviamos à cobrança
para todo o país

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Apresentação do Livro "Videntes e Confidentes"

O Antropólogo Aurélio Lopes fala sobre o seu livro.
do Livro "Videntes e Confidentes - Um estudo sobres as aparições de Fátima".

O Livro será apresentado pelo o Dr. Ernesto Jana.



Sábado, 5 de Dezembro de 2009, pelas 17:00h, na Biblioteca de Municipal de Ourém

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sábado, 5 de setembro de 2009

...em Berlim um muro...



A partir de Amanhã, disponivel em todas as livrarias do país!


Pedidos para edicoescosmos@gmail.com




...Hans tremia dos pés à cabeça. Enfiado numa cova que havia tornado mais funda, com a ajuda da pequena pá do seu equipamento, esperava, coberto do suor da angústia, a aproximação do inimigo.
Dois metros à sua esquerda, encontrava-se Werner, amigo de infância e colega de liceu e, agora, nesses finais de Abril de 1945, camarada de armas. Também ele se ocultava num buraco; também ele esperava o inimigo.
Os dois rapazes, com pouco de mais de dezassete anos, faziam parte de uma espécie de batalhão, arrebanhado de improviso.
Juntamente com velhos de olhos vazios que mal força tinham para segurar o lança-granadas foguete, Werner, Hans, e outros alunos do liceu local, ocupavam uns buracos abertos à pressa na periferia de Petershagen, uma pequena localidade situada a cerca de 20 quilómetros de Berlim. Era aí, nessa tosca linha defensiva, última barreira de protecção da capital do Reich , que se propunham deter o avanço do Exército Soviético.
Uns dias antes, haviam sido postas nas mãos daquele desconjuntado grupo de velhos e de adolescentes meia dúzia de lança-granadas foguete, umas tantas pistolas-metralhadoras e distribuído um punhado de munições. Depois, o Führer batera-lhes ao de leve no ombro com a mão tremente de senilidade e, mastigando umas palavras, recordara-lhes que a Pátria, a Grande Alemanha, confiava neles para a defenderem.
Era essa, pois, a sua missão. Cumpri-la-iam.
De vez em quando, os dois rapazes trocavam algumas palavras. Cada um deles procurava, desse modo, insuflar no outro a coragem que lhe sentia faltar e, assim, conseguir o auto-domínio necessário para aguentarem a ansiedade que os envolvia.
Já há alguns anos que a guerra fazia parte do seu quotidiano. Mas andara longe. Começara por ser vista apenas nos imponentes desfiles, onde os armamentos mais modernos enchiam de orgulho o peito das multidões apinhadas nos passeios. O aço alemão e a indústria alemã tinham renascido das cinzas a que uns cobardes defetistas pensavam tê-los reduzido.
Mas era sobretudo os soldados, jovens bem constituídos e garbosos, o que mais impressionava os milhares de pessoas que assistiam às paradas. Exemplares perfeitos de um povo que olhava em frente. Com a sua marcha guerreira, ao som de triunfais fanfarras, as pernas bem erguidas encompassando enormes porções do pavimento e fazendo soar com estrépito as botas contra o solo, pareciam uma avalancha humana capaz de levar tudo à sua frente...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Guia Prático para a Elaboração de Trabalhos Científicos



À venda em todas as livrarias do país

ISBN 972-762-227-5


Preço 8,40 euros

Pedidos edicoescosmos@gmail.com
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Guia Prático para a Elaboração de Trabalhos Científicos

O mais conhecido e utilizado Guia Prático para estudantes, docentes e investigadores das Universidades de língua portuguesa e para outros profissionais que pretendam organizar comunicações, currículos e outros trabalhos científicos.

sábado, 1 de agosto de 2009

Abreviaturas Paleograficas Portuguesas


sábado, 11 de julho de 2009

Territorio Inimigo




O Departamento de Literatura e Estudos Portugueses da Universidade de Aveiro irá considerar o livro Território Inimigo de autoria de Domingos Lobo, como textos obrigatórios na disciplina de Literatura Portuguesa Contemporânea.
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Pedidos para edicoescosmos@gmail.com

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A Reforma do Palhaço



John Wolf está de regresso com um livro que vai por certo ser de leitura "obrigatória". O americano mais português de Portugal, apresenta-nos um livro que pretende rumar contra a maré dos mal dispostos tanto colectivos como individuais em estórias " mais que verdadeiras" deste povo à beira mar plantado.
A Reforma do palhaço estimula a imaginação e faz-nos ver que apesar de todos os contra-tempos o relógio das nossas vidas, não pára, não atrasa e não anda mais rápido só porque queremos.
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segunda-feira, 22 de junho de 2009

Jonh Wolf + Rádio Europa

Entrevista de John Wolf
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A propósito do livro Portugal Traduzido, John Wolf tem apresentado o seu pensamento sobre o nosso país num excelente trabalho que já vai na 3ª. edição.

“Duas Crises – 1961 e 1974. Um olhar de um oficial do Exército Português”


Lançamento


“Duas Crises – 1961 e 1974. Um olhar de um oficial do Exército Português”

Coronel Viana de Lemos



O Historiador José Freire Antunes, apresentou o livro “Duas Crises – 1961 e 1974, Um olhar de um oficial do Exército Português” no dia 17 de Junho de 2009 na Livraria Bulhosa Entrecampos.

Perante uma interessada e multifacetada audiência - camaradas do Coronel Viana de Lemos, familiares e amigos, Freire Antunes realçou a importância da obra como sendo um contributo valioso para o conhecimento deste período da História Contemporânea.

O historiador iniciou a sua intervenção caracterizando os antecedentes do ‘golpe Botelho Moniz. Falou detalhadamente de pormenores históricos pouco conhecidos do Estado Novo, de Oliveira Salazar e das lutas de poder entre as várias facções existentes na década de 30-40 em Portugal, inclusive o Partido Fascista Português dirigido por Rolão Preto. Deu especial ênfase ao fecho de Portugal ao mundo (em especial aos Estados Unidos) arquitectado por Salazar.

Freire Antunes caracterizou o grupo do General Botelho Moniz como um conjunto de oficiais que, por via principalmente das suas missões no estrangeiro, tinham uma visão moderna do futuro papel de Portugal no mundo; em especial pretendiam uma maior consonância com a Carta das Nações Unidas, na qual se proclamava o direito à autodeterminação dos povos. O “Golpe Botelho Moniz” nunca pretendeu ser uma revolução armada, mas sim uma tomada de poder que evitasse os 13 anos de guerra colonial. O não sucesso deste golpe foi, para o historiador, uma oportunidade perdida na História Contemporânea. Por um lado, poderia ter evitado um conflito que envolveu 200 mil homens, mais de 8.000 mortos, e dezenas de milhar de mutilados, fazendo de Portugal no final dos anos 60 uma sociedade com uma taxa de militarização só inferior à de Israel. Por outro, o não sucesso do golpe fez com que os seus protagonistas fossem vilipendiados e muitas vezes maltratados pela sociedade, acusados de quererem “vender África aos Americanos”.

Como realçou Freire Antunes, as vidas destes homens e suas famílias ficaram indelevelmente marcadas negativamente por estes acontecimentos. A reedição deste livro constitui uma pequena homenagem a todos os envolvidos e pode ser um começo da reposição da verdade sobre um grupo de oficiais que se guiaram acima de tudo pelo seu patriotismo e o desejo de bem servir a sua Pátria.
ISBN 978-972-762-322-8
Preço 17,50 euros
160 páginas
Formato 16x23 cm.
56 fotos de época
Em breve em todas as livrarias

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Um Amor Colonial


Em breve em todas as livrarias

sábado, 13 de junho de 2009

Mulher desaparecida a sul - Modesto Navarro












Apresentação do Livro Mulher desaparecida a Sul de
autoria do escritor Modesto Navarro, nas Caldas da Rainha.
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Perante uma plateia atenta que prolongou a sessão para além do que estava previsto, pedindo ao autor a sua opinião a propósito do papel da mulher na sociedade actual, não esquecendo o papel matriarcal ao longo do período do Estado Novo.
O autor no seu já conhecido à vontade, foi desfilando estórias, que frisava serem verdadeiras, o que prendeu a assistência, num palavra-puxa-palavra de mais de duas horas e meia.

sábado, 30 de maio de 2009

bulhosa books & living

Lançamento
Quarta-feira 17 de Junho às 18,30 horas



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Lançamento "Vila de Rei com Val de Cavalos" - a charneca

Os romanos construíam as cidades e demais lugares de habitação levando sempre em linha de conta uma coisa que se designa por “espírito do lugar”. Isto é: perscrutavam antecipadamente as coordenadas dos ventos e a natureza dos sítios que eram escolhidos criteriosamente. Pode-se dizer que eles construíam com sentido de permanência. Daí terem resistido até hoje tantos caminhos (vias) e serem ainda tão admiráveis as ruínas que existem dos grandes edifícios que eles legaram à posteridade, assim como sítios urbanos (civitas) e rurais (villae). Mais tarde, recuperaram-se essas lições de bem construir para o futuro e para a comodidade e bem-estar dos povos, com o relançamento dos sistemas urbanísticos e infra-estruturas clássicas. Já durante a idade média, por outras razões, a construção privilegiou a vizinhança das vias de comunicação, ou seja, os nossos mais directos antepassados construíam perto dos caminhos e dos rios.
Tendo isso em consideração, verifica-se também que os novos aldeamentos depois da reconquista lançaram os seus alicerces na proximidade das ruínas dos antigos lugares romanos. Tomemos como exemplo Conímbriga, Coimbra e Condeixa. Depois de abandonada Conímbriga vieram erguer-se dum lado e do outro dos seus pontos cardeais a famosa Coimbra e Condeixa disputando-se estas, entre si, a primazia, sobre a antiga povoação romana ou seja: qual delas seria a mais directa herdeira daquele passado glorioso.
É interessante descobrir – depois de o ter investigado – que tudo o que fica dito se encaixa naquilo que pretendi transmitir neste livro. No nosso pequeno caso, que serve de tema ao livro que aqui se apresenta, acha-se, na base, uma situação semelhante, sob este ponto de vista. Sustento nele a tese da diferença entre Trava e Vale de Cavalos, ao mesmo tempo que pretendo deixar, sem fingidas pretensões, a pista para aquilo que não representa qualquer dúvida, para mim, que é a antiguidade romana de Vila de Rei. Tanto Vila de Rei como Trava foram sítios de ocupação romana – qualquer que tenha sido o período em que ela aconteceu – enquanto posso assegurar, sem margem de erro, que Vale de Cavalos nasceu entre as duas sem coincidir, em absoluto, com nenhuma delas.
A reunião que se veio a constituir em Vale de Cavalos, com o passar do tempo, enquanto pólo aglutinador de ambas as designações, acarretando consigo os territórios que lhes são afins, só se veio a verificar por influência eclesiástica, desde que se erigiu nela a igreja paroquial, como sítio de convergência dos “fregueses”, designação popular e antiga para o que chamamos paroquianos. Por outro lado, aproveitando esta realidade, a reforma liberal impôs uma nova rede administrativa ao país que, na maior parte dos casos e depois de muitas discussões, assentou sobre as divisões criadas pelas dioceses naqueles tempos recuados. Foi assim que Vale de Cavalos se ergueu como cabeça de freguesia, congregando nela, tanto os casais da charneca como as quintas ou casais do campo, este sim, chamado da Trava.
Aproveito para dizer que também o campo da Trava foi alvo de criteriosa pesquisa documental e com grande expectativa aguardo que um dia venha a público para completar o que fica escrito em Vila de Rei com Val de Cavalos.
Posto isto, deixo aos leitores interessados as pistas documentais, sugerindo aos que queiram prosseguir com a investigação no futuro – sobretudo arqueológica – que as leiam e as comentem, pretendendo tão-somente favorecer, com isso, o melhor e mais vasto conhecimento e divulgação do património de riba Tejo.
Não quero também deixar de, em breves palavras, homenagear o nome de Pero Esteves do Cazal, um dos primeiros senhores destes domínios que chegou ao nosso conhecimento através da documentação – embora, não, certamente, o primeiro – para com ele celebrar a memória de um homem empreendedor que desbravou as matas e fez a terra produzir os seus frutos, numa época de grande fomento económico e não menos também de cultura e bem-estar social, como assinaladamente garantem, os nossos historiadores. Estou a referir-me aos reinados de D. Afonso III e de D. Dinis, sem esquecer períodos intercalares nos reinados de D. Afonso IV a D. Fernando. Demonstro também que a terra conheceu a reocupação pós-reconquista certamente com o grande rei D. Sancho I e, desse tempo, seriam os primeiros donos cristãos, efectivos, desta terra. As dificuldades que se seguiram nos anos posteriores teriam causado alguma insegurança e provocado a descontinuidade da ocupação. Garantidamente, desde os últimos decénios do século XIII em diante, renasceram estas terras e nasceu a povoação de Vale de Cavalos.
Igualmente, estou convencida pelo que me foi possível averiguar, que Vila de Rei acompanhou desde o seu nascimento, em termos ocupacionais, a Chamusca e Ulme, muito embora quer uma quer outra tenham evoluído, pelas razões que se contam no livro, em sentido mais grandioso, enquanto sedes de poder. Ficamos no percurso a conhecer os nomes daqueles que aqui estabeleceram a senhoria, rivalizando na importância e condição com os dos referidos lugares vizinhos.
- Que importância é que tem isso? Dirá alguém. Pouca ou nenhuma, provavelmente, no entender de alguns. Aceito que se pense assim, visto que para reconhecer o valor do que quer que seja, em primeiro lugar, é preciso tempo para amar o objecto do nosso interesse. Mas também sei que ninguém pode amar o que não conhece. Por isso, seguindo exemplos raros, dispus-me a pesquisar para conhecer e amar melhor esta terra onde nasci e nasceram muitos dos meus antepassados – e dos de muitos dos presentes, se não de todos.
Sem conhecer não é possível amar. E permitam-me que lembre Dante, o grande poeta, precursor de uma nova idade na arte da escrita. Teria Dante escrito a sua “Divina Comédia” se não tivesse conhecido Beatriz?
Adquiridas, felizmente, algumas garantias capitais à boa convivência social é preciso avançar – julgo eu – para o conhecimento mais profundo das coisas da nossa terra (refiro-me ao concelho num todo), passando a advogar com mais insistência a sua conservação, tendo em vista a preservação da sua identidade, feita não apenas de folclore, mas com respeito pela sua idiossincrasia. É nesta que reside a sua alma. Sim, porque como bem sabiam os romanos, as terras e as casas têm espírito e na sua interacção com o das pessoas reside o bem-estar e a alegria das gentes que aí vivem.
A semana da Ascensão enquadra-se neste espírito. A manutenção destas tradições – mais antigas do que o nosso saber – é um legado patrimonial de pais para filhos. A este propósito cabe aqui recordar que a palavra património é da mesma família de pai e de pátria (do latim pater). Ora, quem é que não ama o seu pai ou a sua mãe? Lá diz o ditado popular, transformado em cantiga: Quem dera ter uma mãe / nem que ela fosse uma silva / ainda que ela arranhasse / sempre eu era a sua filha. Por isso, coitados dos que não têm terra ou lembrança dela, berço primordial de cada um de nós.
Depois de terminar este trabalho, senti o mesmo que o grande Camões, sem saber o que fazer com ele, como o grande épico com o imortal Lusíadas – perdoem-me a comparação que não tem nada a ver com a dimensão da obra, mas sim com os sentimentos do coração. Foi, então, depois de alguns passeios à volta do “meu quintal” – como se exprimiu Garrett – que abri a alma desanimada ao querido amigo José Cumbre. É justo dizê-lo pois foi ele que, em boa hora, me recomendou que viesse ter com a “câmara” já que ele acreditava que era o sítio indicado para eu apresentar o que tinha aprendido. De outras pessoas a quem estou agradecida fica o registo no lugar apropriado. Da boa vontade do senhor presidente – cujo acolhimento é muito merecido elogiar da minha parte – ganhei o encorajamento que faltava para avançar para o editor.
Do empenho deste último está à vista a prova: um excelente trabalho de forma, desejando, sinceramente, que o conteúdo lhe corresponda e não desiluda ninguém que o tenha em mãos. Cabe-lhe aqui o meu agradecimento, enquanto autora, pelo resultado final, não devendo deixar de estender o encarecimento ao mérito de Sara Silva, a designer que fez o tratamento do texto e da imagem, com grande profissionalismo. Neste aspecto, como em muitos outros, assiste-se à subida da bitola da qualidade da “província” que não desmerece o que se faz na cidade.
Noutros campos, não menos interessantes, embora eu não habite em permanência na região, quero estar segura, que o concelho há-de aproveitar bem as sinergias – como se diz agora – para não deixar morrer a alma que a tornou famosa.
Regresso ao princípio, acrescentando que fui recebida com a hospitalidade que caracteriza a franqueza ribatejana, mas também devo dizer que foi o amor que me moveu. Sem amor e sem a garra da paixão nada teria feito, visto que, sem mentir, desejei conhecer melhor esta terra, por amor a ela, terra onde vi a luz do dia pela primeira vez e isso fiz, investindo muito de mim, em tempo e em esforço. Fi-lo consciente de que valia a pena, qualquer que fosse ou seja a recepção que venha a ter, pois há coisas que se apreciam melhor com o andar da vida e eu acredito que outros virão e hão-de ficar cativados por este trabalho, por menor que seja como contributo para algo maior – tal como eu fico sempre, quando consulto os livros antigos. E porque um discurso é uma forma de oração, terminarei como quem a faz, expressando o meu muito obrigada e formulando um voto, com o qual sintetizo o que me vai no pensamento: que a prosperidade e a paz sejam com todos aqueles que acreditam que vale a pena!




in Alice Lázaro

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Lançamento do livro "Duas Crises" -


Lançamento dia 17 de Junho às 18,30 horas na livraria de Entrecampos em Lisboa

Apresentação da obra será feita pelo Historiador José Freire Antunes.
“Duas Crises” é um relato de dois momentos que marcaram a história recente de Portugal, o 13 de Abril de 1961 - o “Golpe Botelho Moniz” - que pretendeu derrubar o regime do Prof. Oliveira Salazar, e os acontecimentos que precederam o 25 de Abril de 1974.

É a visão pessoal de um oficial do exército português que entrou para a Escola do Exército – Curso de Artilharia em 1941 e que durante cerca de trinta anos serviu a Pátria nas Forças Armadas.

Escrita em 1976, esta obra está recheada de relatos importantes, muitos deles pouco divulgados, outros inéditos, que podem ajudar na compreensão da política ultramarina do anterior regime e na influência que esta teve nas Forças Armadas desde a década de 50 até à Revolução em 1974. Também dá a conhecer algumas das motivações e convicções de algumas das personagens que marcaram o Regime Salazarista (e o seu fim…).
Não é nem pretende ser um relato exaustivo dos acontecimentos. Tem dois objectivos principais: o primeiro ser uma reflexão de quem viveu alguns dos momentos mais importantes destes dois movimentos históricos e, o segundo constituir acima de tudo uma visão humana de alguns dos mais importantes (embora pouco conhecidos) protagonistas da História Portuguesa contemporânea a partir dos relatos sobre as pessoas com quem o autor trabalhou e privou.
A reedição de “Duas Crises” é também a homenagem da família a um marido, pai e avô que sempre cultivou e transmitiu aos seus um forte sentido de responsabilidade, bom senso e de justiça.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Lançamento "Vila de Rei com Val de Cavalos" - a charneca

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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Livro "Vila de Rei com Val de Cavalos"





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Será aqui neste magnifico Edifício de S. Francisco, na bonita Vila da Chamusca, que será lançado no próximo sábado, 23 de Maio de 2009, às 18,30 horas o livro "Vila de Rei com Val de Cavalos" de autoria de Alice Lázaro, o elogio da obra estará a cargo do Profº. Doutor Pedro Passos Canavarro.

"Vila de Rei com Val de Cavalos"

...Antigamente dizia-se ser do tempo dos mouros tudo o quelembrasse eras remotas e desconhecidas. O mesmo se contava danascente de água fresca que brotava puríssima do cabeço virado a
leste. Esta fonte tanto podia servir para matar a sede como paralavar a roupa. Há muito tempo que alguém se lembrou de mandarabrir ali um tanque de alvenaria para reter as águas, passando asmulheres a usufruir de uma comodidade alternativa à vala ou às ribeiras. Ao tanque artificial ligou-se o nome antigo que perdurou na memória: fonte de N.ª Sr.ª dos Remédios. O baptismo evoca a padroeira cuja celebração se perde numa idade que ninguém sabiaou sabe ao certo. A fonte meio escondida pela vegetação era o lugar propício à
ocorrência de encontros com moiras encantadas que se levantavam a desoras para saltar ao caminho do errante morador ou do andarilho perdido. A troco da quebra do seu encantamento prometiam as diáfanas criaturas descobrir o sítio onde se escondiam tesouros iguais aos das mil e uma noites. Das profundezas saíam pujantes burras de oiro que, por via do sortilégio, tinham o condão de alterar da noite para o dia a vida do ditoso, à revelia da intriga das gentes da
terra. A riqueza inesperada de alguém era obra de qualquer moira que, garantiam, lhes aparecera fora de horas para os lados da mina da Sr.ª dos Remédios...

Alice Lázaro exerceu a actividade de professora de História do ensino secundário durante mais de duas décadas. Durante esse período desempenhou tarefas como orientadora pedagógica de estágio integrado além de se ter dedicado ao estudo e divulgação do património local, tendo sido monitora e formadora de docentes nesta área.
No âmbito do estudo do património escolar – do antigo ensino industrial – fez pesquisa sobre materiais didácticos e actividades docentes, relativas ao último quartel do século XIX, em Portugal de que resultaram os estudos que levaram à sua dissertação de Mestrado em História da Arte, publicada em 2002 pela Câmara Municipal de Coimbra – Património de Coimbra – sob o título:
Leopoldo Battistini: Realidade e Utopia – a influência de Coimbra no percurso estético e artístico do pintor italiano em Portugal (1889-1936).
Tem feito contribuições esporádicas com artigos da sua autoria em obras de colaboração, nomeadamente, Dicionário da História dos Descobrimentos Portugueses, direcção de Luís Albuquerque (Círculo de Leitores), em artigos de imprensa periódica e local e em conferências, versando o património e o ensino.
Nos últimos anos tem-se ocupado na investigação de fundos documentais existentes no
ANTT (Torre do Tombo). Como resultado desse trabalho minucioso têm vindo a público obras de divulgação desses materiais com a devida contextualização histórica.

Apresentação do livro "Videntes e Confidentes" em Benavente

O antropólogo Aurélio Lopes fala do seu livro " Videntes e Confidentes"

no Cine-Teatro de Benavente no próximo dia
27 de Maio de 2009, às 21 horas.

A apresentação da obra estará a cargo do escritor Domingos Lobo.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Lançamento livro "REDES" - Carlos Santos - 20 de Maio - Chamusca

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quinta-feira, 14 de maio de 2009

Fnac- Chiado 13 de Maio - Um Estudo sobre as Aparições de Fátima




Videntes e Confidentes
Um Estudo sobre as Aparições de Fátima

...Os fenómenos que usualmente denominamos “aparições”, revestem-se de vicissitudes sociais e culturais multifacetadas, em que se movimentam diversos actores, tanto videntes e devotos, como responsáveis pelos processos de aceitação e integração mais ou menos canónica.
E se as eventuais etapas secundárias, sempre institucionalizadas, se revestem, já, de uma multivalência doutrinária que as respectivas conjunturas vão acarretando, os testemunhos primários, constituem quase sempre uma emanação directa das personalidades dos videntes, numa conjuntura cultural bem definida.
Poder-se-á dizer-se, assim, que as aparições constituem eclosões epifânicas decorrentes de determinadas condições sociais, assentes em catalisadores culturais específicos e tendo como elemento polarizador a personalidade (não perversa, nem patológica, mas singular no seu psiquismo) do respectivo vidente!


terça-feira, 12 de maio de 2009

José do Carmo Francisco

Amanhã 13 de Maio na FNAC-Chiado Aurélio Lopes apresenta «Videntes e confidentes»

O antropólogo Aurélio Lopes (que se estreou em 1995 com «Religião Popular do Ribatejo») vai estar na FNAC do Chiado às 18,30 h de amanhã (13) para divulgar o seu mais recente livro «Videntes e Confidentes» – uma edição da COSMOS. Embora subintitulada «Um estudo sobre as aparições de Fátima» a obra engloba outros três aspectos: «Mulheres e Deusas», «Aparições» e «A construção do Sagrado».
Um dos temas mais curiosos tem a ver com a multiplicação quase milagrosa de testemunhos muitos deles até contraditórios como refere o escritor fatimita Sebastião Martins dos Reis ou seja, «ao sabor do critério estreito de uma interpretação pessoalíssima». Na verdade Lúcia, nas entrevistas e inquéritos a que é submetida em 1917 e nos diálogos breves e simples que ao tempo estabelece, responde quando lhe solicitam um maior rigor nas declarações: «não me recordo já bem», «podia ter sido isso, não sei», «cuido que sim», «cuido que foi em», «talvez não entendesse bem», «parece-me que não» ou simplesmente não responde. Várias décadas depois rememora diálogos complexos, compridos e eruditos com a maior das facilidades. A título de exemplo veja-se o extracto de um pretenso diálogo entre Lúcia e Jacinta em 1917: «Ó Lúcia, aquela Senhora disse que o seu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá a Deus. Não gostas tanto? Eu gosto tanto do seu coração! – É o Coração Imaculado de Maria, ultrajado pelos pecados da Humanidade e que deseja reparação». Esta será uma conversa entre duas crianças de sete e dez anos, rurais, incultas e analfabetas em início do século XX – observa Aurélio Lopes na página 342 do livro.
José do Carmo Francisco

quinta-feira, 7 de maio de 2009