sexta-feira, 18 de dezembro de 2015



Pedidos  para geral@edicoescosmos.pt

"As Pulseiras de Sofia Águas " de autoria de Joaquim Nascimento, e com a chancela da Zaina Editores, estará em breve em todas as livrarias do país.
Pedidos para geral@edicoescosmos.pt

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

quinta-feira, 26 de março de 2015

Edições Cosmos ( 1937 – 2015 ) A Biblioteca Cosmos, criada em 1941 sob a direcção de Bento Jesus Caraça, é um marco da história da cultura em Portugal do século XX. Bento Jesus Caraça procura com a Biblioteca Cosmos promover a divulgação cultural e a formação e das massas populares e estimular entre os jovens um conjunto de interesses que o Estado recusava. Como o próprio refere, o objectivo da colecção é prestar “reais serviços aos seus leitores e, através deles, a uma causa pela qual lutamos há muitos anos: – a criação de uma mentalidade livre e de tonalidade científica entre os cidadãos portugueses.» (CARAÇA, 1947).Ao apresentar a colecção, no momento em que a Biblioteca Cosmos abre as portas, Caraça escreve “…A que vem a Biblioteca Cosmos?”…Quando acabar a tarefa dos homens que descem das nuvens a despejar explosivos, começará outra tarefa – a dos homens que pacientemente, conscientemente, procurarão organizar-se de tal modo que não seja mais possível a obra destruidora daqueles. Então, com o estabelecimento de novas relações e de novas estruturas, o homem achar-se-á no centro da sociedade, numa posição diferente, com outros direitos, outras responsabilidades. É toda uma vida nova a construir dominada por um humanismo novo. Há, em suma, que dar ao homem uma visão optimista de si próprio; o homem desiludido e pessimista é um ser inerte sujeito a todas as renúncias, a todas as derrotas – e derrotas só existem aquelas que se aceitam. Quando acima falamos num humanismo novo, entendemos como um dos seus constituintes essenciais este elemento de valorização – que o homem, sentindo que a cultura é de todos participe, por ela, no conjunto de valores colectivos que há-de levar à criação da Cidade Nova. A Biblioteca Cosmos pretende ser uma pequena pedra desse edifício luminoso que está por construir…” A Biblioteca Cosmos publicou 114 títulos, algumas compostas por mais de um volume, sobre os mais diversos ramos do saber. A colecção era composta por sete secções: 1ª Secção – Ciências e Técnicas; 2ª Secção – Artes e Letras; 3ª Secção – Filosofia e Religiões; 4ª Secção – Povos e Civilizações; 5ª Secção – Biografias; 6ª Secção – Epopeias Humanas; e 7ª Secção – Problemas do Nosso Tempo. Hoje como ontem, a mesma responsabilidade...

quarta-feira, 25 de março de 2015

segunda-feira, 9 de março de 2015

domingo, 11 de janeiro de 2015

Todos os tempos são os tempos certos para as obras sobre geopolítica, sobretudo africana. Todos os tempos são os tempos certos para se falar sobre os problemas das doenças endémicas em África. Mas não há tempo mais certo que o de agora, para se ler, pensar, analisar, discutir e aprofundar as complexas e labirínticas interações e interdependências entre a geopolítica e a medicina. Em África, as medicinas, quando existem, surgem com inúmeras máscaras, nas suas vertentes de medicina clássica ou tradicional, colonial ou neocolonial, maioritariamente importadas pela dependência das ajudas internacionais… Mas em África, por outro lado, existe sobretudo a outra realidade, não das medicinas, mas da falta delas. E essa é a razão de ser desta obra: geopolítica não da saúde, representada pela medicina, mas da doença, representada pela falta dessa medicina. E se a maioria das doenças africanas são também doenças tropicais, partilhadas com outros países e zonas do mundo fora de África, vamos encontrar os índices de morbilidade e mortalidade completamente desequilibrados para o lado do continente africano, sobretudo ao sul do Sahara. As determinantes antropológicas, sociológicas e políticas são, neste caso, um factor primordial deste balanço negativo. A história colonial, os baixos níveis de desenvolvimento, as fracturas entre o urbano e o rural, as estratégias políticas e sociais levaram a um estado permanente, nalguns casos, cíclico, noutros, de ruptura e descontrolo das estruturas ligadas à saúde e à doença, de fácil aproveitamento pelas estruturas do poder. Este é o tempo certo para esta obra da Professora Alexandrina Batalha. O actual surto de doença por vírus ébola é o exemplo máximo dos riscos das doenças endémicas para os países africanos, e pandémicas para as restantes zonas do globo. É o exemplo certo da incapacidade dos países africanos afectados para controlarem uma doença extremamente contagiosa (sobretudo quando associada a padrões culturais e religiosos das populações) e com alta mortalidade. É o exemplo certo da forma de olhar para África por parte dos países do Norte, de cima para baixo, mas, subitamente, com receio. E, nesta doença endémica com risco de se tornar pandémica, as determinantes geopolíticas, muitas vezes subliminares e mascaradas de componentes altruístas, surgem agora límpidas e claras: a ajuda externa para controlar a epidemia não é um movimento humanista, mas uma atitude egoísta e de autoproteção. Controlemos a epidemia, e evitamos os problemas sociais nos nossos próprios países. Geopolítica e endemias africanas no seu mais recente, e perigoso momento.