terça-feira, 1 de abril de 2008

Apresentação "Tratado de Lisboa"


Dia 18 de Abril de 2008 (Sexta-feira) às 18 horas
Apresentação do livro "O Tratado de Lisboa"
Na
Representação em Portugal da Comissão Europeia
Largo Jean Monnet, 1- 10ª - P - em Lisboa
Com a presença de:
Assunção Esteves
Aurélio Lopes
Noémia Pizarro



O Tratado de Lisboa.
Mudança de paradigma ou continuidade? A Europa, a história da União Europeia, é um processo, um caminho que se faz caminhando. Não é fácil dizer se o salto da Europa no Tratado de Lisboa foi ou não mais longe do que o salto que deu no Tratado de Roma. O salto e o sobressalto. Porque também não é fácil dizer se o contexto real da vida dos povos europeus era verdadeiramente mais fremente em 1957 do que o é 50 anos depois, em 2007.As memórias dolorosas da Segunda Guerra que obrigaram os líderes da Europa democrática a sentar-se à mesa, a dar as mãos, a desmontar as formas clássicas da relação entre Estados, a trazer às instituições a moralidade da consciência sobre os outros - tudo isso que levou ao Tratado de Roma em 1957 - tem o seu correspondente, hoje, na emergência dos problemas globais, num mundo de interacções em que os mercados, a tecnologia, a informação, os movimentos migratórios desafiam a sacralidade das fronteiras. O mundo da globalização, clamando por uma justiça global e um direito cosmopolita.A necessidade de uma partilha política em vista de um projecto de justiça constitui, afinal, a ideia central dos Tratados europeus que vão de Roma a Lisboa. Nesta linha evolutiva a Europa se fundou e refundou. Em Roma, a renúncia à falsa autarcia da soberania clássica e do isolamento, mesmo pelo caminho mais neutro dos acordos sobre o carvão e o aço e pelos postulados mais evidentes de uma comum Democracia. Em Lisboa, o espectro do alargamento, e o aprofundamento de uma integração política que se propõe ultrapassar os laços tíbios da simples cooperação e a ingovernabilidade implicada na permanente negociação entre Estados...